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Friday, September 21, 2012

Reciclagem de Vida

Reciclagem de Vida

Sempre amei este jardim, corro até aqui todos os dias colher flores e levá-las para minha adorada mãe. Mulher, eu a tenho como a pessoa perfeita, acima da minha própria vida.
            Entro eu pelo meio desse cultivo ornamental de flores que a própria natureza se encarrega de mostrar todos os dias, são de todas as cores, mas as amarelas se destacam, são muitas e ali também bailam as lindas borboletas a me receber, numa dança de voo e uma delas pousa no estigma de uma das flores e eu sempre acho então que aquela é a flor que devo colher, bailam também em volta do meu corpo fazendo reverencia com simplicidade de pequeno ser que para mim é tão forte a presença desses leves personagens e um espetáculo feito só para mim. Eu me sinto importante diante delas que me hipnotizam com seus gestos de liberdade. Eu também, transbordante desse mesmo estado harmonizo-me com elas, entrelaço-me a esses seres pequeninos e bailarinos. Vejo um palco, elas protagonizando a cena e eu e as flores somos a platéia. Depois de eu admira-las com imensurável requinte, lá vou correndo, por vezes entrelaçam meus pés no mato molhado e bem branquinho pelo orvalho nas manhãs de inverno. Desse modo sempre seguindo as borboletas, as minhas preferidas, sempre as de asas azuis. Como são belas! Eu gosto muito de tudo isso, colhendo muitas flores e muito feliz levo-as para minha mãe que sempre fica em pé na porta esperando por mim. Ela também adora receber os buquês e me abraçando entra e coloca-as em um vaso, as suas preferidas são as amarelas. Como tudo é gratificante para nós que até nos dias chuvosos eu saio à procura desse presente que a natureza me concede e que eu oferto para a genitora da minha vida. Eu amo dar e ela adora receber! Como somos felizes! Minha mãe tudo é em minha vida, nem penso em ter uma esposa quando ficar mais velho, porque acho que pode atrapalhar o meu relacionamento com minha mãe. E ela sempre fala:
            – Quando você crescer meu filho vai encontrar alguém e será feliz, essa mulher que irá ofuscar com olhares de encanto e amor; linda, inteiramente linda! – E quando ela fala de beleza, está dizendo mais da beleza que vem do fundo da alma, do mais íntimo ser, pois para minha mãe o mais importante é o privado que há dentro de cada ser humano. Ela é além de minha mãe, um ser muito especial, de qualidades superiores, um amor inexplicável pela figura humana, ajudar os outros é dever, fazer mais que isso é amor e ela sempre o faz, não espera troca ou volta, apenas faz por prazer de sentir-se gratificada por ajudar. Imaginem para mim o que significa ter uma mãe que para os outros é vista dessa forma assim, eu tenho orgulho de tanta bondade, humildade, simplicidade e nobreza.
            Toda manhã ela me acorda bem cedo, pois sabe que eu antes vou colher flores. Pode até perecer estranho para quem está de fora, todos os dias a mesma atitude rotineira de ir ao mato, porque são flores do campo, também não tenho dinheiro para comprar em uma floricultura, Somos muito pobres, o que minha mãe recebe é renda das vendas de uma pequenina plantação que temos no quintal. É muito pouco mesmo, porque meu pai quando partiu deste mundo não deixou nada para ela ganhar, pois ele sempre trabalhou como ajudante de serviços avulsos, não tinha registro na carteira profissional, trabalho de bico.
            Quando eu já estou voltando com as flores, mamãe me olha de longe e já vai dizendo:
            – Anda logo meu filho que você precisa estudar, a escola te espera, vejo seu futuro, sim, seu futuro. Vejo um doutor! Na família Duarte ninguém nunca foi importante, mas você será.
           
           

            Na verdade eu nem gosto muito de estudar, mas nunca disse isso a ela para não desagradá-la, tudo eu faço para vê-la feliz. É a única pessoa que eu tenho na vida, outros se dizem amigos. Bem se são eu não tenho certeza, mas sei que o amor de mãe é genuíno.
            Entrego as flores para minha mãe, dou-lhe um beijo e saio correndo a caminho da escola como sempre atrasado. É uma boa distancia até o grande colégio de paredes verdes e carteiras velhas, uma lousa preta e todos os móveis envernizados já com aparência antiga e precisando de uma reforma. Eu vou todos os dias, ando mais de dois quilômetros e o caminho é de terra vermelha, que quando passa algum carro eu tenho que engolir aquele pó pelas narinas abaixo. E quando chove então, é barro que engole meu pé até as minhas brancas meias, onde mamãe faz questão de alvejá-las para eu ter que sujar de terra com uma vermelhidão e não tem como eu evitar, bem se eu não tomar muito cuidado ainda caio, quando muitas vezes é tão escorregadio que tenho que me segurar com um galho de árvore que encontro pelo caminho. Assim são muitos dos meus dias, vou e venho. Saio da escola às treze horas, chego a minha casa quase às quinze, isso quando não chove, mas quando isso acontece, então chego às dezesseis. Eu ando o mais rápido que posso, pois gosto de estar perto de mamãe. Só existe ela em minha vida, eu a amo muito e tenho um medo danado de perdê-la, tudo eu faço para não contrariar aquela pessoa que é o meu porto seguro e minha família. Que família pequena? Não, é enorme dentro de nós e isso basta para mim, percebo que é suficiente a ela também. Muitas vezes acho que mamãe deva encontrar alguém e casar, mas será? Tenho medo que ele seja um intruso e também não quero ser um na vida dela.
            A nossa vida é tão dura, uma escassez de dinheiro, mas com muita economia o jeito sempre mamãe consegue para nos alimentar e pagar as pequenas contas, com tão pouca renda ela faz sempre as compras pequenas também. Assim vamos vivendo, eu penso que devo trabalhar, mas ninguém dará serviço para mim, mas quem quer se vira! Então vou me virar. Muita gente hoje em dia trabalha com lixos recicláveis, então disse:        – Mamãe, eu vou trabalhar com reciclagem. Então me respondeu:
            – Vai catar lixo?
            – Sim, não é assim que muitas pessoas estão ganhando a vida hoje em dia?
            Então disse ela:
            – É, você pode ir, só nunca poderá parar de estudar. Acho que fui clara?
            – Sim mamãe. Ela continua falando.
            – Tem que estudar para ser o que eu nunca consegui ser. Vai ser um doutor! Você quer ser doutor?
            – Sim quero ser, o trabalho será árduo, mas vou lutar com garra! Então escuto logo o som da sua voz novamente.
            – Isso mesmo! É assim que se fala.
            Para minha mãe é muito importante que eu estude, também penso assim, apesar de eu não gostar tenho estudar se pretendo ser doutor. Devo trabalhar muito! Bem e é isso que faço e sei que chegarei onde quero. Minha mãe sempre diz que tudo que queremos, conseguiremos ficando mais acordados do que dormindo. Sou ainda um adolescente e gosto muito de dormir, não sei fazer nada, bem, nada de profissão, pois não tenho nenhuma. Portanto, posso fazer tantos outros trabalhos para conseguir dinheiro, vou catar latinhas e outros recicláveis, fazer bico aqui e acolá, como diz mamãe “tutu na mão mesmo pouco é melhor do que nada”, também devo saber fazer economias e acredito que assim posso conseguir muitas coisas que eu quero e preciso. Mamãe também precisa, sei que tenho que cuidar dela, eu a amo tanto. Amanhã depois da escola vou sair por ai e conseguir transformar algum trabalho árduo em dinheiro, sim, porém gosto de fazer com vontade, sei que em tudo que eu fizer com esmero obterei grandes resultados e é nisso que eu acredito e me empenho. Somos pobres, dignos e sei que a força que vem de dentro é maior que todo esse poderio que está aqui do lado de fora, o poder que tudo comanda e a sociedade obedece, estão sendo controlados e nem notam. Mas comigo garanto a todos que será diferente, bem diferente! Se não fizermos por nós aqui nesta terra, quem o fará? Depois de Deus que sabe de todas as coisas, confio na minha mãe e em mim, claro que conforme nós vivemos também descobrimos os verdadeiros amigos e isso inclui quem que conhecemos, vamos conhecer e também nossos parentes estão nessa lista, amigos acontecem quando não esperamos, são pessoas que confiam em nós e confiamos nelas também, não tem essa de falsidade. Sabe essas pessoas que tratam-nos bem em nossa presença e nos degolam por trás? Não, a sinceridade pode até ser dolorosa à primeira vista, mas a falsidade é amarga sempre. Todavia, nunca devemos descartar que ambas podem ajudar no nosso crescimento humano quando com mais riquezas interior.
            Logo pela manhã lá vou eu apanhar as flores, trazer para minha mãe, com imensurável prazer e como gosto disso mesmo! Lá naquele campo, digo que seja um pequeno bosque, no encontro com as minhas lindas borboletas dançando ao meu redor, por vezes uma e outra pousam em mim, eu realmente sou feliz assim. No término da colheita das mais variadas flores do campo, retorno correndo para casa que de longe já posso ver mamãe a minha espera. Entrego-lhe as flores, dando-lhe um beijo no rosto e saio na mais velocidade para a escola. E olha que andar todos aqueles quilômetros ali na minha frente não é fácil, mas eu vou com coragem, sei o que tenho a vencer. Todos os obstáculos no meu caminho pela vida afora.
            Mais um dia de aula, que no final desse tempo voltarei logo, pois tenho que ir começar o trabalho e sei que isso será mais uma labuta de minha vida.
            Chegando à minha casa, mamãe com o almoço pronto, ela não falha em nada, é impecável, eu de imediato inicio minha refeição, a fome é sempre enorme, como igual um leão voraz. Uma refeição simples, porem deliciosa que eu não conheço outra igual, os legumes e cereais sempre da horta de casa, que quando minha mãe começou era muito pequena, então foi ampliada com o passar do tempo. – Sempre após a refeição eu descanso um pouquinho e já vou ajudá-la a vender, mas hoje não posso nem pensar nisso, eu digo sobre descansar, já vou sair para procurar reciclável e vender. Então falei para minha mãe que estava na hora de ir à luta.
            – Mamãe eu já me vou! – Dou-lhe sempre um beijo e saio rápido para não fazê-la chateada. Mas chamou-me e disse:
            – Já vai catar as latas? – Sim mamãe, eu respondi, então ela me disse:
            – Tome todo cuidado meu filho, muito cuidado mesmo, você é meu bem maior!          Eu lhe respondi:
            – Você é meu também! – Lá vou eu ao encontro do meu primeiro trabalho fora de casa, sim porque como já disse trabalho na pequena plantação que mamãe cultiva, ainda mais agora que ela reservou uma eira que é pequena, mas dá bem para secar nossos cereais. Quero fazer outro trabalho também para ter um acréscimo na renda, sei que vou trabalhar em dobro, é preciso que seja assim. Os tempos para nós são difíceis e também para dificultar ainda mais, às vezes temos praga na plantação e gastamos para combatê-las, também trabalhamos bem mais por isso.
– Assim vamos vivendo: com força, fé, determinação e coragem para transformar nossas vidas em um futuro promissor, eu sou muito jovem, tenho muito a aprender e sei que aprendo e lá na frente tem um lugar aonde vou me encaixar, sendo um doutor fantástico!

                                          


                                           



Catando Latas - capítulo II

            No começo tudo parece complexo, tudo é novidade, também ter que encarar aqueles que já são experientes, mas enfim vou começar perguntando para alguma pessoa que conhece o assunto. Nada melhor do que conversar com catadores de recicláveis e como minha mãe já me ensinou o ponto certo vou até lá. Devo então ir pela rua central e no final dela tem umas ruas que me parecem um pouco distantes, porém é esse caminho se eu quero trampar pesado, bem sei que não é questão de querer, mas de precisar. Falo assim, no entanto estou indo de livre vontade, porque quero correr atrás do meu futuro. Se bem que mamãe sempre diz que nunca devemos ficar ansiosos com o que virá e o que importa é viver sempre o presente e com tranquilidade construir o futuro. Então vou fazer isso com calma, pois mamãe me transmite paz com a educação que me dá. Sou tão agradecido a ela e também a amo com o meu mais profundo ser.
            Vejo do outro lado da rua um rapaz pedindo recicláveis em um botequim, eu vou até lá para fazer algumas perguntas. Então me dirijo a ele dando inicio à conversa.
            – Você pode me dar algumas informações? – Disse isso olhando para os olhos dele, então ele olhou em minha direção com a cabeça voltada para baixo, não fixou em meus olhos e disse:
            – O quer saber?
            – Quero saber como faço para trabalhar com reciclagem. Então me respondeu:
            – Aqui nessa área já tem dono e o nosso chefe não vai gostar de ver você por aqui. E penso que fui claro e honesto. Entendeu?
            – Sim entendi e entendi muito bem! – Logo fui saindo fora dali! Mas continuei com a procura indo à outra direção, minha mãe sempre me diz que não devemos desistir dos nossos propósitos. Andei mais um pouco e vi ao longo dali um pessoal que se agitava bastante e também falava muito. Prossegui meu caminho e fui me aproximando daquela gente, então logo percebi que são pessoas: simples, trabalhadoras e alegres. Notei que havia uma descontração entre eles, então fui chegando de mansinho, porque depois do fora que tinha sofrido lá atrás procurei ser cauteloso. E então quando estava bem próximo, uma moça me olhou, dessa vez nos olhos e me perguntou:
            – Deseja alguma coisa moço?
            – Sim, respondi eu. – Quero saber o que devo fazer para iniciar um trabalho com reciclagem.
            – Ela então com uma voz suave começou a me explicar e me disse que para isso não existe muito segredo. Logo chegou um rapaz ao lado dela, como se quisesse me mostrar que ela estava protegida e perguntou a ela se estava tudo bem. Ela respondeu que sim e apesar disso ele foi cordato comigo. Essa moça que depois soube que se chama Ana foi então explicando tudo e eu muito atento para aprender direitinho, meu ânimo era aguçado para saber rápido, queria andar logo com aquilo, acho que estou meio ansioso. Tratei de ficar tranquilo, escutar o que ela tinha a me falar. Então me disse:
            – Bem você tem que saber com o que quer trabalhar, algum lixo específico ou não, tem gente que trabalha com um pouco de tudo. Chegue ao comércio, nas lixeiras de portas de casas e prédios, também em indústrias e vá pedindo, muitas vezes eles já têm a pessoa certa que passa para pegar, outros já dão para o primeiro que passar. Também há catadores que arrumam confusão por causa de alguns materiais os que são mais caros. Veja bem o que tem mais procura são: vidro, alumínio, plástico e papel e esse pessoal às vezes acha que os lugares são deles. Porém é a minoria que arranja problema, vejamos nós aqui, estamos sempre trabalhando muito, mas com bom humor e ajudamos os novatos porque sabemos que é tão penoso, imagina para quem não tem nenhuma experiência! É complicado cara! Porém gostoso, é o que dá algum dinheiro; com esse trabalho aqui consigo por o alimento na mesa para minhas crianças. Você sabe para o pobre o que é mais importante? Comer e depois corremos atrás das outras coisas. Eu ouvindo tudo calado, minha mãe também me ensinou que há momentos de falar e os de escutar e esse é para prestar atenção também. Essa moça me fala de coisas básicas, simples que eu fico a pensar nas diferenças sociais que existem, disse para mim mesmo: isso é maldade, uma pessoa me falando, como se comer já é uma vitória, enquanto que precisamos de tantas outras coisas também. Então me lembrei de perguntar a ela:
            – Que idade tem suas crianças? Ela me respondeu:     
            – A mais velha tem nove, a do meio tem sete e o mais novo apenas dois anos, meu único garoto.
            – Ana, a primeira e a segunda filha, estudam?
            – Sim – me disse ela – e foi outra luta atrás de vaga na escola, porque nós morávamos em outra cidade e mudamos bem no mês de agosto para cá, dizem sempre que a vaga é garantida, mas eu tive que insistir um pouco. E a luta é grande, levo as meninas na escola, o menino na creche e corro aqui trabalhar. Agora vamos andando, veja só para catar as coisas, veja bem você pegue aquilo que puder e eu pego o meu e os outros fazem a mesma coisa. E é assim certo? Se não, consegue nada. Então vamos lá, corra e faça!
            Enquanto vamos andando ela vai falando comigo, até mais alto, porque estamos muitas vezes um longe do outro.
            – Aí, Você é tão jovem, ainda estuda e onde mora?
            – Estudo sim e moro com minha mãe quase lá na zona rural, ando num caminho sem asfalto até chegar a minha casa e engulo pó de terra vermelha todo dia, também paro para colher flores que levo para minha mãe. Eu a amo muito sabe? Ela é tudo para mim, não poderia viver sem ela.
            – Legal, nos dias de hoje alguém dar flores para mãe, ninguém faz isso, bem, pelo menos na sua idade, mas isso é bom. É bacana mesmo!
             Aqui estou eu no primeiro dia como catador. Assim vai caindo à noite e eu tenho que voltar para casa, pois mamãe me aguarda, eu acho que ela não vê a hora de me ver chegando. Depois de andarmos bastante pelos lugares onde há todo tipo de lixo que vai para a reciclagem, bem com tanta canseira agora é hora de voltar. Despedi-me do pessoal e disse que voltarei no dia seguinte. Ana me disse então:
            – Estamos a sua espera, e olha que tem muito trabalho pela frente se quiser ganhar algum dinheiro com dureza como a reciclagem!
             Lá vou eu andando a caminho de casa, sabendo que vou comer um bocado de poeira, já há algum tempo que eu escuto falar que vão asfaltar essas ruas, mas até agora todos que passam por aqui tem mesmo que comer pó de terra vermelha e se chove atola, tanto os carros como os pés. Então andando rápido, já vejo meu encantado de tanta beleza, o jardim que com brisa suave a tocar minha face, vou me aproximando e agora já é noite, mesmo assim entro pelo meio daquele que é tão colorido, mas o escuro quase não me deixa ver as cores das flores, porém vou colhendo cada uma que com delicadeza toca em mim.
            E as borboletas? Devem estar dormindo, pois elas acordam cedo. Saio do jardim natural com as flores para mamãe e continuo minha caminhada, assim me aproximo de casa e até posso ver uma luz, sei que é o meu lar, chego então com exaltação.
            – Mamãe, mamãe estou chegando! Então escuto a voz que vem de dentro, a voz de minha adorada mãe me dizendo:
            – Meu filho, já estava muito preocupada com você, ainda bem que chegou! Trouxe-me flores?
            – Claro que sim, vamos pegue-as, dei-lhe um beijo em sua face.
            Disse-me ela então:
            – Vai logo tomar um banho, vem jantar e então conversamos sobre como foi seu dia, seu novo trabalho.
            – Certo, já estou indo e volto rápido!
            Vou tomar banho, me sentir descansado, um banho dá um alivio no cansaço. Enquanto tomo banho, a água escorre pelo meu corpo, fecho meus olhos embaixo do chuveiro e imagino como foi todo meu dia, cheio de novidades! Foi cansativo, mas eu estou alegre, posso dizer feliz!. Alias a felicidade é o que me consome, digo ainda mais.  Sou um adolescente muitíssimo feliz! Tenho mamãe que é tudo para mim, temos a nossa pequena plantação, digo que é uma horta; também agora estou trabalhando com reciclagem. Abro meus olhos, é o fim do banho, alcanço a toalha que está pendurada no porta toalhas que mamãe fez. Depois de me secar, visto meu pijama, vou à cozinha, nós não temos uma sala de jantar.
            – Mamãe, eu estou aqui com muita fome!
            – Vamos então jantar e você vai me contando tudo sobre o seu dia, certo meu filho?
           
                                                                                                                                                                                                                                                      
           Copyright © 2011 por Dinizia Galvão
  

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