Reciclagem de Vida
Sempre amei
este jardim, corro até aqui todos os dias colher flores e levá-las para minha
adorada mãe. Mulher, eu a tenho como a pessoa perfeita, acima da minha própria
vida.
Entro eu pelo meio desse cultivo
ornamental de flores que a própria natureza se encarrega de mostrar todos os
dias, são de todas as cores, mas as amarelas se destacam, são muitas e ali
também bailam as lindas borboletas a me receber, numa dança de voo e uma delas pousa
no estigma de uma das flores e eu sempre acho então que aquela é a flor que
devo colher, bailam também em volta do meu corpo fazendo reverencia com
simplicidade de pequeno ser que para mim é tão forte a presença desses leves
personagens e um espetáculo feito só para mim. Eu me sinto importante diante
delas que me hipnotizam com seus gestos de liberdade. Eu também, transbordante
desse mesmo estado harmonizo-me com elas, entrelaço-me a esses seres pequeninos
e bailarinos. Vejo um palco, elas protagonizando a cena e eu e as flores somos
a platéia. Depois de eu admira-las com imensurável requinte, lá vou correndo,
por vezes entrelaçam meus pés no mato molhado e bem branquinho pelo orvalho nas
manhãs de inverno. Desse modo sempre seguindo as borboletas, as minhas preferidas,
sempre as de asas azuis. Como são belas! Eu gosto muito de tudo isso, colhendo
muitas flores e muito feliz levo-as para minha mãe que sempre fica em pé na
porta esperando por mim. Ela também adora receber os buquês e me abraçando
entra e coloca-as em um vaso, as suas preferidas são as amarelas. Como tudo é
gratificante para nós que até nos dias chuvosos eu saio à procura desse presente
que a natureza me concede e que eu oferto para a genitora da minha vida. Eu amo
dar e ela adora receber! Como somos felizes! Minha mãe tudo é em minha vida,
nem penso em ter uma esposa quando ficar mais velho, porque acho que pode
atrapalhar o meu relacionamento com minha mãe. E ela sempre fala:
–
Quando você crescer meu filho vai encontrar alguém e será feliz, essa mulher
que irá ofuscar com olhares de encanto e amor; linda, inteiramente linda! – E
quando ela fala de beleza, está dizendo mais da beleza que vem do fundo da
alma, do mais íntimo ser, pois para minha mãe o mais importante é o privado que
há dentro de cada ser humano. Ela é além de minha mãe, um ser muito especial, de
qualidades superiores, um amor inexplicável pela figura humana, ajudar os
outros é dever, fazer mais que isso é amor e ela sempre o faz, não espera troca
ou volta, apenas faz por prazer de sentir-se gratificada por ajudar. Imaginem
para mim o que significa ter uma mãe que para os outros é vista dessa forma
assim, eu tenho orgulho de tanta bondade, humildade, simplicidade e nobreza.
Toda
manhã ela me acorda bem cedo, pois sabe que eu antes vou colher flores. Pode
até perecer estranho para quem está de fora, todos os dias a mesma atitude
rotineira de ir ao mato, porque são flores do campo, também não tenho dinheiro
para comprar em uma floricultura, Somos muito pobres, o que minha mãe recebe é
renda das vendas de uma pequenina plantação que temos no quintal. É muito pouco
mesmo, porque meu pai quando partiu deste mundo não deixou nada para ela
ganhar, pois ele sempre trabalhou como ajudante de serviços avulsos, não tinha
registro na carteira profissional, trabalho de bico.
Quando
eu já estou voltando com as flores, mamãe me olha de longe e já vai dizendo:
–
Anda logo meu filho que você precisa estudar, a escola te espera, vejo seu
futuro, sim, seu futuro. Vejo um doutor! Na família Duarte ninguém nunca foi
importante, mas você será.
Na
verdade eu nem gosto muito de estudar, mas nunca disse isso a ela para não
desagradá-la, tudo eu faço para vê-la feliz. É a única pessoa que eu tenho na
vida, outros se dizem amigos. Bem se são eu não tenho certeza, mas sei que o
amor de mãe é genuíno.
Entrego
as flores para minha mãe, dou-lhe um beijo e saio correndo a caminho da escola
como sempre atrasado. É uma boa distancia até o grande colégio de paredes
verdes e carteiras velhas, uma lousa preta e todos os móveis envernizados já
com aparência antiga e precisando de uma reforma. Eu vou todos os dias, ando
mais de dois quilômetros e o caminho é de terra vermelha, que quando passa
algum carro eu tenho que engolir aquele pó pelas narinas abaixo. E quando chove
então, é barro que engole meu pé até as minhas brancas meias, onde mamãe faz questão
de alvejá-las para eu ter que sujar de terra com uma vermelhidão e não tem como
eu evitar, bem se eu não tomar muito cuidado ainda caio, quando muitas vezes é
tão escorregadio que tenho que me segurar com um galho de árvore que encontro
pelo caminho. Assim são muitos dos meus dias, vou e venho. Saio da escola às
treze horas, chego a minha casa quase às quinze, isso quando não chove, mas
quando isso acontece, então chego às dezesseis. Eu ando o mais rápido que
posso, pois gosto de estar perto de mamãe. Só existe ela em minha vida, eu a
amo muito e tenho um medo danado de perdê-la, tudo eu faço para não contrariar
aquela pessoa que é o meu porto seguro e minha família. Que família pequena?
Não, é enorme dentro de nós e isso basta para mim, percebo que é suficiente a
ela também. Muitas vezes acho que mamãe deva encontrar alguém e casar, mas
será? Tenho medo que ele seja um intruso e também não quero ser um na vida
dela.
A
nossa vida é tão dura, uma escassez de dinheiro, mas com muita economia o jeito
sempre mamãe consegue para nos alimentar e pagar as pequenas contas, com tão
pouca renda ela faz sempre as compras pequenas também. Assim vamos vivendo, eu
penso que devo trabalhar, mas ninguém dará serviço para mim, mas quem quer se
vira! Então vou me virar. Muita gente hoje em dia trabalha com lixos
recicláveis, então disse: – Mamãe, eu
vou trabalhar com reciclagem. Então me respondeu:
–
Vai catar lixo?
–
Sim, não é assim que muitas pessoas estão ganhando a vida hoje em dia?
Então
disse ela:
–
É, você pode ir, só nunca poderá parar de estudar. Acho que fui clara?
–
Sim mamãe. Ela continua falando.
–
Tem que estudar para ser o que eu nunca consegui ser. Vai ser um doutor! Você
quer ser doutor?
–
Sim quero ser, o trabalho será árduo, mas vou lutar com garra! Então escuto
logo o som da sua voz novamente.
–
Isso mesmo! É assim que se fala.
Para
minha mãe é muito importante que eu estude, também penso assim, apesar de eu
não gostar tenho estudar se pretendo ser doutor. Devo trabalhar muito! Bem e é
isso que faço e sei que chegarei onde quero. Minha mãe sempre diz que tudo que
queremos, conseguiremos ficando mais acordados do que dormindo. Sou ainda um
adolescente e gosto muito de dormir, não sei fazer nada, bem, nada de
profissão, pois não tenho nenhuma. Portanto, posso fazer tantos outros
trabalhos para conseguir dinheiro, vou catar latinhas e outros recicláveis,
fazer bico aqui e acolá, como diz mamãe “tutu na mão mesmo pouco é melhor do
que nada”, também devo saber fazer economias e acredito que assim posso
conseguir muitas coisas que eu quero e preciso. Mamãe também precisa, sei que
tenho que cuidar dela, eu a amo tanto. Amanhã depois da escola vou sair por ai
e conseguir transformar algum trabalho árduo em dinheiro, sim, porém gosto de
fazer com vontade, sei que em tudo que eu fizer com esmero obterei grandes
resultados e é nisso que eu acredito e me empenho. Somos pobres, dignos e sei
que a força que vem de dentro é maior que todo esse poderio que está aqui do
lado de fora, o poder que tudo comanda e a sociedade obedece, estão sendo
controlados e nem notam. Mas comigo garanto a todos que será diferente, bem
diferente! Se não fizermos por nós aqui nesta terra, quem o fará? Depois de
Deus que sabe de todas as coisas, confio na minha mãe e em mim, claro que
conforme nós vivemos também descobrimos os verdadeiros amigos e isso inclui
quem que conhecemos, vamos conhecer e também nossos parentes estão nessa lista,
amigos acontecem quando não esperamos, são pessoas que confiam em nós e
confiamos nelas também, não tem essa de falsidade. Sabe essas pessoas que
tratam-nos bem em nossa presença e nos degolam por trás? Não, a sinceridade pode
até ser dolorosa à primeira vista, mas a falsidade é amarga sempre. Todavia,
nunca devemos descartar que ambas podem ajudar no nosso crescimento humano
quando com mais riquezas interior.
Logo
pela manhã lá vou eu apanhar as flores, trazer para minha mãe, com imensurável
prazer e como gosto disso mesmo! Lá naquele campo, digo que seja um pequeno
bosque, no encontro com as minhas lindas borboletas dançando ao meu redor, por
vezes uma e outra pousam em mim, eu realmente sou feliz assim. No término da
colheita das mais variadas flores do campo, retorno correndo para casa que de longe
já posso ver mamãe a minha espera. Entrego-lhe as flores, dando-lhe um beijo no
rosto e saio na mais velocidade para a escola. E olha que andar todos aqueles
quilômetros ali na minha frente não é fácil, mas eu vou com coragem, sei o que
tenho a vencer. Todos os obstáculos no meu caminho pela vida afora.
Mais
um dia de aula, que no final desse tempo voltarei logo, pois tenho que ir
começar o trabalho e sei que isso será mais uma labuta de minha vida.
Chegando
à minha casa, mamãe com o almoço pronto, ela não falha em nada, é impecável, eu
de imediato inicio minha refeição, a fome é sempre enorme, como igual um leão
voraz. Uma refeição simples, porem deliciosa que eu não conheço outra igual, os
legumes e cereais sempre da horta de casa, que quando minha mãe começou era
muito pequena, então foi ampliada com o passar do tempo. – Sempre após a
refeição eu descanso um pouquinho e já vou ajudá-la a vender, mas hoje não
posso nem pensar nisso, eu digo sobre descansar, já vou sair para procurar
reciclável e vender. Então falei para minha mãe que estava na hora de ir à
luta.
–
Mamãe eu já me vou! – Dou-lhe sempre um beijo e saio rápido para não fazê-la
chateada. Mas chamou-me e disse:
–
Já vai catar as latas? – Sim mamãe, eu respondi, então ela me disse:
–
Tome todo cuidado meu filho, muito cuidado mesmo, você é meu bem maior! Eu lhe respondi:
–
Você é meu também! – Lá vou eu ao encontro do meu primeiro trabalho fora de
casa, sim porque como já disse trabalho na pequena plantação que mamãe cultiva,
ainda mais agora que ela reservou uma eira que é pequena, mas dá bem para secar
nossos cereais. Quero fazer outro trabalho também para ter um acréscimo na
renda, sei que vou trabalhar em dobro, é preciso que seja assim. Os tempos para
nós são difíceis e também para dificultar ainda mais, às vezes temos praga na
plantação e gastamos para combatê-las, também trabalhamos bem mais por isso.
– Assim vamos vivendo: com força,
fé, determinação e coragem para transformar nossas vidas em um futuro promissor,
eu sou muito jovem, tenho muito a aprender e sei que aprendo e lá na frente tem
um lugar aonde vou me encaixar, sendo um doutor fantástico!
Catando Latas -
capítulo II
No
começo tudo parece complexo, tudo é novidade, também ter que encarar aqueles
que já são experientes, mas enfim vou começar perguntando para alguma pessoa
que conhece o assunto. Nada melhor do que conversar com catadores de
recicláveis e como minha mãe já me ensinou o ponto certo vou até lá. Devo então
ir pela rua central e no final dela tem umas ruas que me parecem um pouco
distantes, porém é esse caminho se eu quero trampar pesado, bem sei que não é
questão de querer, mas de precisar. Falo assim, no entanto estou indo de livre
vontade, porque quero correr atrás do meu futuro. Se bem que mamãe sempre diz
que nunca devemos ficar ansiosos com o que virá e o que importa é viver sempre
o presente e com tranquilidade construir o futuro. Então vou fazer isso com calma,
pois mamãe me transmite paz com a educação que me dá. Sou tão agradecido a ela
e também a amo com o meu mais profundo ser.
Vejo
do outro lado da rua um rapaz pedindo recicláveis em um botequim, eu vou até lá
para fazer algumas perguntas. Então me dirijo a ele dando inicio à conversa.
–
Você pode me dar algumas informações? – Disse isso olhando para os olhos dele,
então ele olhou em minha direção com a cabeça voltada para baixo, não fixou em
meus olhos e disse:
–
O quer saber?
–
Quero saber como faço para trabalhar com reciclagem. Então me respondeu:
–
Aqui nessa área já tem dono e o nosso chefe não vai gostar de ver você por
aqui. E penso que fui claro e honesto. Entendeu?
–
Sim entendi e entendi muito bem! – Logo fui saindo fora dali! Mas continuei com
a procura indo à outra direção, minha mãe sempre me diz que não devemos
desistir dos nossos propósitos. Andei mais um pouco e vi ao longo dali um
pessoal que se agitava bastante e também falava muito. Prossegui meu caminho e
fui me aproximando daquela gente, então logo percebi que são pessoas: simples,
trabalhadoras e alegres. Notei que havia uma descontração entre eles, então fui
chegando de mansinho, porque depois do fora que tinha sofrido lá atrás procurei
ser cauteloso. E então quando estava bem próximo, uma moça me olhou, dessa vez
nos olhos e me perguntou:
–
Deseja alguma coisa moço?
–
Sim, respondi eu. – Quero saber o que devo fazer para iniciar um trabalho com
reciclagem.
–
Ela então com uma voz suave começou a me explicar e me disse que para isso não
existe muito segredo. Logo chegou um rapaz ao lado dela, como se quisesse me
mostrar que ela estava protegida e perguntou a ela se estava tudo bem. Ela
respondeu que sim e apesar disso ele foi cordato comigo. Essa moça que depois
soube que se chama Ana foi então explicando tudo e eu muito atento para
aprender direitinho, meu ânimo era aguçado para saber rápido, queria andar logo
com aquilo, acho que estou meio ansioso. Tratei de ficar tranquilo, escutar o
que ela tinha a me falar. Então me disse:
–
Bem você tem que saber com o que quer trabalhar, algum lixo específico ou não,
tem gente que trabalha com um pouco de tudo. Chegue ao comércio, nas lixeiras
de portas de casas e prédios, também em indústrias e vá pedindo, muitas vezes
eles já têm a pessoa certa que passa para pegar, outros já dão para o primeiro
que passar. Também há catadores que arrumam confusão por causa de alguns
materiais os que são mais caros. Veja bem o que tem mais procura são: vidro,
alumínio, plástico e papel e esse pessoal às vezes acha que os lugares são
deles. Porém é a minoria que arranja problema, vejamos nós aqui, estamos sempre
trabalhando muito, mas com bom humor e ajudamos os novatos porque sabemos que é
tão penoso, imagina para quem não tem nenhuma experiência! É complicado cara!
Porém gostoso, é o que dá algum dinheiro; com esse trabalho aqui consigo por o
alimento na mesa para minhas crianças. Você sabe para o pobre o que é mais
importante? Comer e depois corremos atrás das outras coisas. Eu ouvindo tudo calado, minha mãe também me
ensinou que há momentos de falar e os de escutar e esse é para prestar atenção
também. Essa moça me fala de coisas básicas, simples que eu fico a pensar nas
diferenças sociais que existem, disse para mim mesmo: isso é maldade, uma
pessoa me falando, como se comer já é uma vitória, enquanto que precisamos de
tantas outras coisas também. Então me lembrei de perguntar a ela:
–
Que idade tem suas crianças? Ela me respondeu:
–
A mais velha tem nove, a do meio tem sete e o mais novo apenas dois anos, meu
único garoto.
–
Ana, a primeira e a segunda filha, estudam?
–
Sim – me disse ela – e foi outra luta atrás de vaga na escola, porque nós
morávamos em outra cidade e mudamos bem no mês de agosto para cá, dizem sempre
que a vaga é garantida, mas eu tive que insistir um pouco. E a luta é grande,
levo as meninas na escola, o menino na creche e corro aqui trabalhar. Agora
vamos andando, veja só para catar as coisas, veja bem você pegue aquilo que
puder e eu pego o meu e os outros fazem a mesma coisa. E é assim certo? Se não,
consegue nada. Então vamos lá, corra e faça!
Enquanto
vamos andando ela vai falando comigo, até mais alto, porque estamos muitas
vezes um longe do outro.
–
Aí, Você é tão jovem, ainda estuda e onde mora?
–
Estudo sim e moro com minha mãe quase lá na zona rural, ando num caminho sem
asfalto até chegar a minha casa e engulo pó de terra vermelha todo dia, também
paro para colher flores que levo para minha mãe. Eu a amo muito sabe? Ela é
tudo para mim, não poderia viver sem ela.
–
Legal, nos dias de hoje alguém dar flores para mãe, ninguém faz isso, bem, pelo
menos na sua idade, mas isso é bom. É bacana mesmo!
Aqui estou eu no primeiro dia como catador.
Assim vai caindo à noite e eu tenho que voltar para casa, pois mamãe me aguarda,
eu acho que ela não vê a hora de me ver chegando. Depois de andarmos bastante
pelos lugares onde há todo tipo de lixo que vai para a reciclagem, bem com
tanta canseira agora é hora de voltar. Despedi-me do pessoal e disse que
voltarei no dia seguinte. Ana me disse então:
–
Estamos a sua espera, e olha que tem muito trabalho pela frente se quiser
ganhar algum dinheiro com dureza como a reciclagem!
Lá vou eu andando a caminho de casa, sabendo
que vou comer um bocado de poeira, já há algum tempo que eu escuto falar que
vão asfaltar essas ruas, mas até agora todos que passam por aqui tem mesmo que
comer pó de terra vermelha e se chove atola, tanto os carros como os pés. Então
andando rápido, já vejo meu encantado de tanta beleza, o jardim que com brisa
suave a tocar minha face, vou me aproximando e agora já é noite, mesmo assim
entro pelo meio daquele que é tão colorido, mas o escuro quase não me deixa ver
as cores das flores, porém vou colhendo cada uma que com delicadeza toca em
mim.
E
as borboletas? Devem estar dormindo, pois elas acordam cedo. Saio do jardim
natural com as flores para mamãe e continuo minha caminhada, assim me aproximo
de casa e até posso ver uma luz, sei que é o meu lar, chego então com
exaltação.
–
Mamãe, mamãe estou chegando! Então escuto a voz que vem de dentro, a voz de
minha adorada mãe me dizendo:
–
Meu filho, já estava muito preocupada com você, ainda bem que chegou! Trouxe-me
flores?
–
Claro que sim, vamos pegue-as, dei-lhe um beijo em sua face.
Disse-me
ela então:
–
Vai logo tomar um banho, vem jantar e então conversamos sobre como foi seu dia,
seu novo trabalho.
–
Certo, já estou indo e volto rápido!
Vou
tomar banho, me sentir descansado, um banho dá um alivio no cansaço. Enquanto
tomo banho, a água escorre pelo meu corpo, fecho meus olhos embaixo do chuveiro
e imagino como foi todo meu dia, cheio de novidades! Foi cansativo, mas eu
estou alegre, posso dizer feliz!. Alias a felicidade é o que me consome, digo
ainda mais. Sou um adolescente
muitíssimo feliz! Tenho mamãe que é tudo para mim, temos a nossa pequena plantação,
digo que é uma horta; também agora estou trabalhando com reciclagem. Abro meus
olhos, é o fim do banho, alcanço a toalha que está pendurada no porta toalhas
que mamãe fez. Depois de me secar, visto meu pijama, vou à cozinha, nós não
temos uma sala de jantar.
–
Mamãe, eu estou aqui com muita fome!
–
Vamos então jantar e você vai me contando tudo sobre o seu dia, certo meu
filho?
Copyright © 2011 por Dinizia Galvão
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